quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

PREFEITURA DE ABARÉ É MAIS UMA VEZ OCUPADA PELOS MORADORES DO ASSENTAMENTO ANTONIO CONSELHEIRO

 Na manhã  da ultima segunda-feira (13), a Prefeitura de Abaré foi ocupada pela segunda vez, durante a gestão do atual Prefeito, Benedito Pedro da Cruz, por moradores do Assentamento Antonio Conselheiro, localizado a 17km do município e por índios da Aldeia Tuxi.

Os assentados apresentaram algumas reivindicações, entre elas, que o município disponibilize médico ao assentamento a cada 15 dias, e que disponibilize um veículo vinculado ao posto de Saúde do Umbuzeiro, localizado a 3 km do Assentamento, para atendimento de portadores de necessidades especiais e os casos de urgência e emergência do município. Caso o município não atendesse as emergências, pagaria uma multa diária de R$ 2 mil reais.

A coleta de lixo do Assentamento também estava na pauta de reivindicações, e seria realizada dentro do atendimento do termo firmado entre Município e Ministério Público Estadual. A liderança do Assentamento realizaria o levantamento dos alunos matriculados nas escolas estaduais e municipais, para que tenham transporte escolar suficiente para os alunos da comunidade. E o município se comprometeu a realizar procedimento licitatório em curso.

O acordo teria sido realizado e homologado durante a última ocupação, entre representantes da Prefeitura Municipal, do Assentamento e da Policia Militar, representada pelo Cel. PM Josemar Pereira, Comandante do 20° Batalhão.  Porém, o município não cumpriu com o que foi acordado com o Assentamento.

De acordo com o Diretor Estadual do MST, Zé Menezes, o Assento Antonio Conselheiro está vivendo em meio ao caos: “Não possuímos Saneamento básico, que é o conjunto de cuidados que se tem com a água, o esgoto e o lixo. Esses cuidados são fundamentais na manutenção da saúde e do bem-estar da população. Afinal, todos nós gostamos de um ambiente saudável, limpo e organizado.”

O Coordenador do Assentamento, Epifânio Barros relata que o acordo realizado não foi o que se esperava. “O primeiro passo foi dado, para quem nunca se teve nada foi um acordo mais ou menos. Nós queríamos médico pelo menos uma vez na semana, mas esperamos não ter que invadir mais nenhum órgão público e que o Prefeito em exercício assuma o que foi acordado perante o Juiz desta comarca.” Ainda segundo o Coordenador, eles não possuem Agente Comunitário de Saúde e constantemente esse moradores tem passado por dificuldades devido à falta de serviços básicos deste setor.

Na localidade residem 227 famílias, aproximadamente 1500 pessoas. A ocupação não tem dia para acabar, e o Prefeito não se encontra no município.

Informações Carol Pires

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