sexta-feira, 17 de maio de 2013

Com Aécio na presidência, PSDB busca unidade e um projeto para 2014

aécio neves  O senador e ex-governador Aécio Neves (MG) será o sucessor do pernambucano Sérgio Guerra na presidência nacional do PSDB. A decisão será ratificada neste sábado (18), em convenção nacional do partido, em Brasília. Aécio será o responsável por tentar pavimentar o caminho da legenda para as eleições de 2014, em meio a um processo de busca por uma unidade. Em nome dela, lideranças ligadas tanto ao ex-governador José Serra como ao atual chefe do Executivo paulista, Geraldo Alckmin, terão cargos de destaque na direção.

O deputado federal Mendes Thame, o vereador paulistano Andrea Matarazzo (do grupo de Serra) e o ex-governador Alberto Goldman (que deve continuar na vice-presidência), assim como o deputado Bruno Araújo (PE) e o ex-senador Tasso Jereissati (CE), farão parte da direção tucana nacional.

“A partir desse momento, com Aécio presidente, se supera uma etapa e se inicia um trabalho de reestruturação e preparação do partido para 2014”, resume o deputado federal Marcus Pestana (MG), reconduzido à presidência do PSDB em Minas Gerais, em abril. Pestana foi um dos líderes que almoçou hoje (17) com Aécio. “O almoço foi ótimo. A bancada vai ter uma participação importante na executiva, com Mendes Thame, Bruno Araújo, Antonio Imbassahy (BA). Foi muito bom para Aécio colocar para os deputados o significado desse momento da convenção nacional”, conta Pestana.

O parlamentar considera que, encerrada a etapa de construção da unidade, as lideranças consumirão menos energia com a dinâmica interna e poderão direcionar esforços em direção à opinião pública. “Agora, é ir à sociedade, discutir um projeto alternativo, explicitar críticas ao governo Dilma e convencer as pessoas de que é preciso mudar e colocar claramente uma estratégia do partido para um projeto de desenvolvimento do país.” A ausência de um projeto tem custado caro ao partido nas eleições presidenciais desde 2002.

Ligado ao grupo de Alckmin, o deputado Mendes Thame, que assume a secretaria-geral, resume um dos principais pontos do "projeto alternativo" que o partido tentará emplacar. “Não queremos administrar a pobreza, mas superar a pobreza e transformar o Brasil em um país com menos diferenças”, disse o parlamentar de Piracicaba após se confirmar o novo cargo na direção partidária.

Embora líderes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente nacional da legenda, Sérgio Guerra, já tenham expressado com todas as letras que Aécio deve ser o candidato tucano à Presidência da República, o governador paulista continua com posição mais “mineira” quanto à definição do nome. "Temos vários bons candidatos, mas elegeremos o melhor mais adiante", disse Alckmin.

Próximo a Aécio, Pestana contemporiza, mas não muito: "Alckmin diz a verdade. Hoje, nove entre dez tucanos olham para o futuro e veem o retrato do Aécio liderando esse projeto (para 2014), o que não quer dizer que não tenhamos outros bons nomes".

O candidato tucano terá pela frente a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição, cujo governo é avaliado por 63% dos brasileiros como ótimo ou bom, com desempenho pessoal da presidente acima dos 80% de aprovação.

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