A Unidade Disciplinária da Conmebol abriu inquérito contra o Arsenal de
Sarandí e dois de seus jogadores: o zagueiro Hugo Martín Nervo e o
lateral-esquerdo Damián Pérez. A súmula do árbitro e o relato do
delegado da partida responsabilizaram o clube argentino pela confusão
envolvendo policiais militares no campo do Independência, após a partida
da última quarta-feira. O Boletim de Ocorrência da PM de Belo
Horizonte, divulgado nesta sexta-feira, descreveu agressões dos atletas
com “socos, pontapés e arremesso de cadeiras”. Apesar de ser o
responsável pela segurança do estádio como mandante do jogo, o
Atlético-MG não foi envolvido na desordem e não corre risco de punição.
Os atletas argentinos foram enquadrados no Artigo 10.1b do código
disciplinar, por agressão a jogadores ou a qualquer outra pessoa
presente na partida (exceto árbitros ou outros oficiais), e poderão
pegar no mínimo três jogos de suspensão. Já o Arsenal foi enquadrado em
três frentes: Artigos 6 e 11.1, pelo comportamento inadequado de seus
jogadores ainda no campo de jogo; e Artigo 11.2g, para agressõs
coletivas ocorridas no vestiário e a não identificação dos agressores.
Pelo regulamento, as punições que o clube corre risco vão desde
advertências e multas à perda de mando de campo e exclusão do torneio.
Os réus terão até 48 horas úteis para apresentar suas defesas, e o
julgamento no Tribunal Disciplinar da Conmebol pode acontecer já na
semana que vem, antes da última rodada do Grupo 3 da Libertadores, no
dia 17..
Entenda o caso
Ao fim do jogo entre Atlético-MG e Arsenal de Sarandi, a confusão
começou após uma troca de empurrões entre Nervo e um policial militar.
Os PMs entraram no gramado em velocidade e buscaram isolar os árbitros
dos protestos dos argentinos. Mas a tentativa de evitar que eles fossem
agredidos gerou uma enorme briga com os jogadores da equipe argentina.
De ambos os lados, muita violência com chutes e socos. A reação foi
imediata. Com escudos e cassetetes, além de espingardas com balas de
borracha, os policiais acuaram os jogadores nos vestiários do
Independência. O espaço restrito e acanhado do estádio apenas aumentou a
tensão. Cadeiras voaram de dentro dos vestiários e atingiram policiais e
profissionais de imprensa.
De acordo com a assessoria de imprensa do consórcio que administra o
estádio, um buraco no teto da sala de aquecimento, utilizada pelos
jogadores do Arsenal, e uma cadeira quebrada foi o que ficou de
prejuízo. Oito atletas do time argentino ficaram detidos por cerca de
cinco horas na delegacia do Independência. Eles foram acusados de crimes
de lesão corporal, desacato a autoridade e danos materiais ao
vestiário. (globoesporte)
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