O Partido Social Cristão (PSC) quer indicar o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. “Leia abaixo a resitência que evangélicos encontram”.
Um acordo de lideranças nesta quarta-feira (27), estabeleceu que a presidência da comissão ficará com o PSC. O PT, que tradicionalmente comandava esse colegiado, abriu mão da vaga em favor da sigla que faz parte da base de apoio do governo Dilma Rousseff.
Feliciano confirmou ao Grupo Estado que, no partido, seu nome é o escolhido para o cargo.
Ele avalia que a comissão hoje se tornou um espaço de defesa de privilégios de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais e defendeu maior equilíbrio. “Se tem alguém que entende o que é direito das minorias e que já sofreu na pele o preconceito e a perseguição é o PSC, o cristianismo foi a religião que mais sofreu até hoje na Terra”.
A possibilidade de Feliciano assumir a presidência da comissão gerou revolta entre parlamentares. O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-SP) afirmou ser “assustador” que o pastor assuma o órgão. “Ele é confessadamente homofóbico e fez declarações racistas sobre os africanos”, afirmou.
Para a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), ex-vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, a escolha do pastor marca uma fase “obscura” do colegiado, pois a postura de Feliciano atentaria contra os princípios básicos dos direitos humanos. “Corremos o risco de mergulharmos no obscurantismo e negarmos a história da comissão. (O nome de Feliciano) não nos tem dado segurança. Posturas homofóbicas e racistas atentam contra os princípios básicos dos direitos humanos”, disse.
Resistência aos evangélicos
Não é de hoje que líderes evangélicos atuantes na política do país enfrentam resistência. Leia o que aconteceu quando o senador Magno Malta se pronunciou sobre ser relator do PLC 122. Para saber o resultado clique aqui.