quinta-feira, 12 de maio de 2016

O Senador Lindbergh se diz preocupado com programa de Temer: ‘Maior programa de retirada de direitos

Lindbergh se diz preocupado com programa de Temer: ‘Maior programa de retirada de direitos’ O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) demonstrou preocupação com o programa que deve ser apresentado pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB) após o Senado votar pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT). “Tem que ver o que eles vão apresentar. O que está na Ponte para o Futuro é algo impressionante. Eu nunca vi na história do país. É o maior programa de retirada de direitos trabalhistas de que eu tenho notícia. Agora vamos ver o que eles vão apresentar na prática nessas primeiras semanas desse governo provisório”, avaliou. Para o petista, Dilma deve conseguir reverter os dois votos necessários para barrar a votação do impeachment no Congresso em 180 dias. Lindbergh defendeu que a população está “desconfiada” com o governo interino de Temer, que já deve chegar ao Palácio do Planalto mal avaliado. “Essa turma que foi pras ruas não queria Michel Temer, não quer o PMDB. O PMDB na verdade se aproveitou das manifestações de rua para assaltar o poder. E eu acho que agora a gente vai ter que ver bem as primeiras pesquisas depois desse processo aí”, afirmou. “Na minha avaliação, o povo não tem confiança em Temer e vai ser um governo em crise”, completou.

Governo de salvação nacional': Presidente do DEM confirma Mendonça Filho na Educação

'Governo de salvação nacional': Presidente do DEM confirma Mendonça Filho na Educação O presidente nacional do DEM, José Agripino Maia (RN), confirmou nesta quinta-feira (12) o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) como ministro da Educação no governo interino de Michel Temer. O senador reforçou ainda que o partido tem a obrigação de colaborar com o novo governo "de salvação nacional". "O Democratas apostou na mudança do governo, no impeachment o tempo todo. Se nós trabalhamos para que houvesse o impeachment, nossa obrigação nesse momento é colaborar com o novo governo. Eu acho que vai se instalar um governo de emergência, um governo de coalisão, um governo de salvação nacional. A obrigação daqueles que entendiam que o PT já tinha dado o que tinha que dar e que era preciso mudar porque ele tinha perdido as condições de governar têm obrigação nesse momento de colaborar", avaliou. Para o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o resultado com 55 parlamentares favoráveis à admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff dá ao novo governo "uma capacidade de poder se garantir para instalar um novo momento da gestão no país".

Processo de impeachment é aberto, e Dilma é afastada por até 180 dias

Senadores a favor do impeachment aplaudem após a votação que decidiu pela admissibilidade no Senado Federal, em Brasília (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)O plenário do Senado Federal aprovou às 6h34 desta quinta-feira (12) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por 55 votos a favor e 22 contra. Com a decisão, ela fica afastada do mandato por até 180 dias. O vice-presidente Michel Temer deve assumir com o afastamento de Dilma.
O presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) não votou – ele só votaria em caso de empate. Dois senadores se ausentaram: Jader Barbalho (PMDB-PA) e Eduardo Braga (PMDB-AM). A sessão começou às 10h desta quarta-feira (11) e seguiu ao longo do dia e da noite.
Dilma Rousseff deverá ser oficialmente notificada nesta quinta (12) da decisão do afastamento.
Segundo Renan informou após o resultado da votação, a presidente vai manter, no período em que estiver afastada, o direito à residência oficial do Palácio da Alvorada, segurança pessoal, assistência saúde, remuneração, transporte áreo e terrestre e equipe a serviço do gabinete pessoal da Presidência.
Agora, o Senado passará a colher provas, realizar perícias, ouvir testemunhas de acusação e defesa para instruir o processo e embasar a decisão final. O julgamento será presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que também comandará a Comissão Processante do Senado.O impedimento definitivo da presidente depende do voto favorável de 54 (dois terços) dos 81 senadores, em julgamento que ainda não tem data para ocorrer.
Impeachment no Senado
Depois que a Câmara autorizou a abertura do processo, em 17 de março, o Senado iniciou a análise da admissibilidade, ou seja, se o relatório aprovado pelos deputados continha os requisitos mínimos: indícios de autoria e de existência de um crime de responsabilidade.

Na última sexta (6), o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que recomendou a abertura do processo, foi aprovado por 20 votos a 5, na Comissão Especial do Impeachment do Senado, que reuniu 21 senadores. Só não votou Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão.

No plenário da Câmara, o impeachment recebeu 367 votos favoráveis e 137 contrários. Houve sete abstenções e somente dois ausentes dentre os 513 deputados.
Acusação e defesa
Conforme denúncia assinada pelos juristas Janaina Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr., Dilma atentou contra a lei orçamentária ao autorizar despesas extras de R$ 2,5 bilhões, entre julho e agosto de 2015, mesmo ciente de que o gasto era incompatível com a meta fiscal, economia anual do governo para pagar a dívida pública.

A abertura dos créditos suplementares foi determinada por meio de decretos não numerados sem prévia autorização do Congresso.
Além disso, a denúncia aponta que a presidente usou dinheiro emprestado do Banco do Brasil para bancar juros menores concedidos a agricultores no Plano Safra de 2015. Tratam-se das “pedaladas fiscais”, artifício para disfarçar rombo nas contas públicas.

A acusação é de que ela teria contraído “operação de crédito ilegal”, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe o governo de usar dinheiro emprestado de bancos públicos, controlados pelo próprio Executivo.
Durante a análise das acusações nas comissões do Senado e da Câmara, a Advocacia Geral da União (AGU) alegou que os atos não configuram crimes de responsabilidade e que também foram praticados em governos passados, sem qualquer questionamento.
Quanto aos decretos, a defesa argumentou que eles não comprometeram a meta fiscal, já que no início de 2015, o governo havia bloqueado um volume maior de recursos do Orçamento. Além disso, alegou que os decretos apenas remanejaram as despesas, sem ampliação de gastos.
Em relação às “pedaladas fiscais”, o governo sustenta que não se tratam de empréstimos dos bancos públicos, mas de contrato de serviço de pagamento dos benefícios sociais. Caso o dinheiro repassado pelo Tesouro não seja suficiente, o banco paga a diferença e recebe juros quando o governo quita a dívida. Se sobra dinheiro, o governo recebe juros do banco.
Próximas etapas
Saiba quais serão os próximos passos da tramitação do processo de impeachment no Senado:
INSTRUÇÃO PROBATÓRIA
>> Com a autorização do plenário para a abertura do processo, o caso volta à Comissão Especial do Impeachment para a etapa de produção de provas, chamada de fase de instrução.
>> Será concedido à presidente um prazo de, pelo menos, 20 dias para apresentar a sua defesa – o prazo será fixado pelo presidente da comissão especial, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).
>> Nessa fase, acusação e defesa poderão pedir a convocação de testemunhas, a realização de perícias e o envio de documentos que acharem adequados, como pareceres do Tribunal de Contas da União. Não há prazo definido para essa etapa. Por se tratar de um processo judiciário, o comparecimento das testemunhas convocadas é obrigatório – sob pena de serem conduzidas coercitivamente.
>> No final dessa etapa, a presidente Dilma Rousseff poderá ser interrogada. Ainda não está definido, mas é possível que se abra um prazo de até 15 dias para as alegações finais da acusação e mais 15 dias para as alegações da defesa – nenhum fato ou argumento novo poderá ser inserido.
>> A partir daí, haverá um prazo mínimo de dez dias consecutivos para que o relator apresente um parecer sobre a procedência ou a improcedência da acusação e para que a comissão vote – dentro desse período.
>> Para ser aprovado, esse parecer, que passa a ser chamado de parecer de pronúncia, necessita de maioria simples. Se isso ocorrer, considera-se procedente a acusação e começa a fase de julgamento. A decisão será lida na sessão seguinte do plenário do Senado, e o parecer, publicado no "Diário Oficial do Senado".
>> Esse parecer deverá ser submetido ao plenário do Senado em até 48 horas. No plenário, ainda não está definido se a acusação e a defesa terão 30 minutos cada para se pronunciar. Deverá, então, ser concedido prazo, provavelmente de 15 minutos, para que cada um dos 81 senadores se manifeste, o que poderá levar cerca de 20 horas e meia.
>> Para a votação valer, precisam estar presentes à sessão pelo menos 41 dos 81 senadores (maioria absoluta). Para que o parecer seja aprovado, é necessária maioria simples dos senadores presentes – metade mais um. A sessão será presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que passa a ter o nome oficial de presidente do Senado como órgão judiciário. O presidente do Senado, Renan Calheiros, poderá votar como qualquer outro senador nesta segunda votação.
>> Uma vez aprovado o parecer, as partes serão notificadas. Deverá ser concedido um prazo aos autores da denúncia para que apresentem em até 48 horas uma peça chamada no jargão jurídico de libelo acusatório, que nada mais é do que uma consolidação das acusações e provas produzidas. Eles também deverão apresentar um rol de testemunhas.
>> Em seguida, a defesa terá 48 horas para apresentar uma resposta, chamada no jargão de contrariedade ao libelo, além do rol de testemunhas. Todo o processo é encaminhado para o presidente do Supremo, a quem caberá marcar uma data para o julgamento e intimar as partes e as testemunhas. Deverá ser respeitado um prazo mínimo de dez dias para se marcar o julgamento. Se o parecer no plenário do Senado for rejeitado, o processo é arquivado e a presidente reassume o cargo.
JULGAMENTO FINAL
>> Na data marcada, o julgamento será realizado no plenário do Senado, presidido pelo presidente do Supremo, ministro  Ricardo Lewandowski, novamente na condição de presidente do Senado como órgão judiciário.
>> As partes podem comparecer pessoalmente ao julgamento ou serem representadas por procuradores. Poderão ser convocadas testemunhas, que serão interrogadas pela acusação, defesa e pelos senadores, que assumem o papel de juízes. No entanto, as perguntas dos parlamentares não serão feitas diretamente por eles. Elas terão que ser encaminhadas para Lewandowski para que ele faça as indagações.
>> O número de testemunhas e o tempo dos depoimentos ainda precisarão ser definidos. Ainda há previsão, segundo a Secretaria-Geral da Mesa do Senado, de realização de debates orais, embora não esteja definido quem exatamente poderia falar.
>> Depois disso, as partes se retiram da sessão para discussão entre senadores – não está definido quanto tempo cada um terá para se manifestar. O presidente Ricardo Lewandowski  elaborará um relatório, que é diferente de um parecer, pois não haverá juízo de valor.
>> Em seguida, acontece a votação nominal. Os senadores serão chamados ao microfone para responder “sim”, “não” ou “abstenção” à seguinte pergunta: “Cometeu a acusada Dilma Vana Rousseff os crimes que lhe são imputados, e deve ser ela condenada à perda de seu cargo e à inabilitação temporária, por oito anos, para o desempenho de qualquer função pública, eletiva ou de nomeação?”
>> Não há definição de como será a ordem de chamada – caberá ao presidente Lewandowski decidir essa questão. Para ser aprovado o impeachment, são necessários os votos de pelo menos dois terços dos senadores (54 votos).
>> Caso o impeachment seja aprovado, Lewandowski lavra a sentença, que é publicada no "Diário Oficial". Dilma é então notificada, perde o mandato e fica inelegível por oito anos. O processo é, então, encerrado. Se rejeitado o impeachment, o processo é arquivado e a presidente da República reassume.

sábado, 16 de abril de 2016

NEW YORK TIMES:MESMO SENDO HONESTA, DILMA PODE SER AFASTADA POR CRIMINOSOS

imagem O maior jornal do mundo, The New York Times, publicou uma reportagem com chamada de capa que destaca como é absurdo o processo de impeachment que corre no Brasil contra a presidente Dilma Rousseff.

Nas palavras da publicação, um processo conduzido por parlamentares corruptos, dominado por abusos aos direitos humanos, contra uma presidente que não é alvo de investigação alguma.

A matéria, assinada por Simon Romero e Vinod Sreeharsha, cita o próprio vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que assumirá o lugar de Dilma caso o processo seja aprovado no Congresso Nacional, como possível envolvido no esquema de corrupção da Operação Lava Jato.

Outros que recebem destaque, com direito a foto-legenda, são o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apontado como réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de ter recebido 40 milhões de dólares em propina. Além do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), outro defensor do impeachment, alvo de processos nos Estados Unidos por ter desviado mais de 11,6 milhões de dólares.

Pelo The New York Times, se o golpe passar, teremos a nova República dos bananas. Enquanto no Brasil a mídia familiar apoia o impeachment, o maior jornal do mundo denuncia um golpe absurdo. Confira aqui a íntegra da reportagem no site do NYT, em inglês. (247)

Jean Wyllys pede que STF proíba voto de Cunha em impeachment

 O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) entrou com uma ação nesta sexta-feira para que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se abstenha de votar no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo a Folha de S. Paulo, o deputado do PSOL indica em seu pedido ao STF que o voto de Eduardo Cunha fere o regimento da Câmara, que só prevê votação do presidente da Casa em casos de "apurações secretas ou para desempatar votações abertas, possibilidade inexistente, já que a votação do impedimento se dá por proporcionalidade.

Para Wyllys, ao anunciar voto publicamente, Eduardo Cunha "mostra nítida intenção de violar as regras regimentais". O ministro Celso de Mello vai relatar do caso.

Aliado de Cunha, 1º vice-presidente da Câmara muda opinião e votará contra impeachment

Deputado diz que ele e mais 12 parlamentares do PP serão contrários ao afastamento de Dilma. BRASÍLIA - Aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-AL), o 1º vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), afirmou nesta sexta-feira, 15, ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que mudou de opinião e votará contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no domingo, 17. Até então, o parlamentar vinha declarando voto a favor do impedimento da petista.

VEJA EM TEMPO REAL QUEM VOTA CONTRA E A FAVOR DO IMPEACHMENT

“Eu e mais 12 deputados do PP vamos votar a favor da democracia e contra o golpe”, afirmou, sem elencar os outros parlamentares de seu partido que também votarão contra o impeachment. Segundo apurou a reportagem, o deputado mudou de voto para se opor ao grupo do ex-presidente da República José Sarney (PMDB), que tem sinalizado apoiar o impeachment. No Maranhão, o deputado é oposição a Sarney.

O 1º vice-presidente da Câmara disse não estar preocupado, neste momento, com a promessa de punição do PP aos parlamentares que não acompanharem a maioria do partido. A executiva nacional da sigla está reunida nesta tarde para fechar questão a favor do impeachment de Dilma. “Isso depois a gente resolve”, afirmou Maranhão.

Após Dilma reunir-se com governadores, Planalto diz que reverteu votos a favor do impeachment

 BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff comemorou na tarde desta sexta-feira, 15, a reversão de importantes votos como do primeiro-vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), um antigo aliado do principal algoz do governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Esse foi um dos resultados do trabalho do Planalto, em conjunto com seis governadores que desembarcaram em Brasília para ajudar o governo: Flávio Dino (PC do B), do Maranhão, Camilo Santana (PT), do Ceará, Rui Costa (PT) Bahia, Waldez Góes (PDT), do Amapá, Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba e Wellington Dias (PT), do Piauí.

Dilma se reuniu com todos eles, além de vários deputados de suas bancadas. O resultado desta mobilização, de acordo com o Planalto, é que o governo terá até 30 votos a mais de deputados que mudaram de lado. O governo terá também pelo menos 20 deputados, a maioria candidatos a prefeitos, que se ausentarão do plenário no domingo durante a votação do processo de impeachment de Dilma. "O clima mudou no Planalto", assegurou um interlocutor direto da presidente, ao relatar que a aposta é "principalmente nas ausências".

O ministro-chefe do Gabinete pessoal de Dilma, Jaques Wagner, afirmou que "o reforço dos governadores surtiu efeito nas bancadas e ampliou nossa vantagem". Entre as idas e vindas de deputados e seus votos, na noite desta sexta, em uma de suas planilhas, o Planalto contava com 179 votos, sete a mais que o mínimo necessário para barrar o impeachment. Aos que iam ao seu gabinete, a presidente Dilma reiterava que tem os votos para barrar o impeachment e apresentava a sua planilha e anunciava: "ela (a planilha) é confiável".

ACOMPANHE EM TEMPO REAL O PLACAR DO IMPEACHMENT

Depois da reunião com Dilma, o vice-líder do governo na Câmara, Sílvio Costa (PT do B-PE) e o governador do Maranhão Flávio Dino (PC do B), também disseram que o governo tem mais do que os 172 votos necessários para barrar a admissibilidade do processo de impeachment, a ser votado no próximo domingo, 17.

"Temos convicção que teremos margem de votos para impedir 342 votos pró-impeachment", disse Dino. Já Sílvio Costa, afirmou que existem ainda 36 votos de deputados que estão indecisos, os chamados de "a trabalhar" nas planilhas do governo. "Estamos bem acima da margem de erro e hoje detectamos o desespero da oposição", afirmou.

Dino disse que só nesta sexta o governo conseguiu converter três votos no Maranhão que eram favoráveis ao impeachment, e outros três ou quatro do Amapá. "Chegaremos facilmente a 20 ou 30 votos modificados até domingo", afirmou. Mais cedo, a presidente se reuniu com os governadores da Bahia e do Ceará. "Os governadores do Nordeste estão confiantes que a Câmara manterá o jogo democrático", afirmou Dino.

O governador disse que a presidente Dilma está tranquila e firme, primeiro, segundo ele, porque não cometeu nenhum crime, e segundo porque o governo está seguro de que conseguirá barrar o impeachment. De acordo com Dino, o clima sobre a votação do impeachment melhorou nos últimos dias, com uma reversão da tendência pró-impedimento da presidente. "A suposta avalanche que haveria na direção do apoio ao impeachment não se verificou". Ele disse que outros governadores também estão ajudando o governo no trabalho de convencimento dos deputados e que esse esforço será intensificado nos próximos dias.

Varejo. Não só os governadores ajudaram na mudança de votos. A abertura dos gabinetes de ministros palacianos e da própria presidente Dilma, recebendo deputados no varejo, também levou a algumas "vitórias" do Planalto. A filha do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR), deputada Clarissa Garotinho, não estará em plenário no domingo alegando recomendação médica, já que está em final do período de sua gravidez. Coincidentemente, Garotinho esteve ontem no Planalto.

Dino comentou também sobre a situação do deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que é primeiro vice-presidente da Câmara e considerado aliado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e mudou sua posição de favorável para contrário ao impeachment nesta sexta. "Ele esteve comigo e Dilma e reiterou que há vários deputados do PP que vão seguir a linha de manutenção do apoio ao governo", afirmou Dino.

Além de Waldir, o governador maranhense anunciou que o ex-governador do Estado José Reinaldo Tavares também mudou seu voto e não vai mais apoiar o impeachment, embora não apoie o governo Dilma. "Obrigada pela força", não se cansava de repetir a presidente Dilma a cada apoiador que lhe levava uma boa notícia.

O vice-líder do governo na Câmara, Sílvio Costa (PTdoB-PE), que esteve no Planalto pelo menos três vezes nesta sexta-feira, garantiu que o governo "já ultrapassou" os 172 votos necessários para barrar a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma. Costa afirmou que existem ainda 36 votos de deputados que estão indecisos, os chamados de "a trabalhar" nas planilhas do governo. "Estamos bem acima da margem de erro e hoje detectamos o desespero da oposição", assegurou.Estratégia. Em entrevista no Planalto, após nova reunião com a presidente Dilma, Costa considerou todos os levantamentos divulgados pela imprensa sobre a votação de domingo como "equivocados" e citou que a oposição está apresentando apenas um "movimento regimental" para aprovar o impeachment, ou seja, o voto sim. E, ao falar da estratégia do Planalto, informou: "o governo tem três movimentos regimentais a favor da democracia: o voto não, a abstenção e a falta. Esses três movimentos regimentais não são detectados". A aposta dele e do governo é que a oposição não terá os 342 votos necessários para aprovar a admissibilidade do processo.

O deputado evitou citar placares de votação, mas garantiu que no Acre governo e oposição terão quatro votos cada. "Talvez amanhã, para provar que oposição vem mentido, ou 10 minutos antes do discurso, eu comunique o número de votos", afirmou. Costa repetiu o discurso do governo e afirmou que na segunda-feira a presidente irá repactuar o País, e reinaugurar seu segundo mandato, após "a 're-reeleição' de domingo".

O governador do Maranhão disse também que a presidente Dilma resolveu cancelar o pronunciamento em rede de rádio e TV que faria nesta noite porque o governo preferiu, neste momento, centrar esforços nas negociações com os deputados. Segundo ele, essa foi uma posição externada pelo Advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, na reunião com Dilma. "É mais importante dispender energia nisso", comentou Dino sobre o convencimento dos deputados. Segundo ele, não há necessidade de criar uma nova polêmica com o pronunciamento, que poderia ser questionado pela oposição. Ele ainda negou que o governo tenha cancelado a veiculação do discurso com medo de "panelaços".

Costa citou que pesquisas internas mostram que as ruas estão divididas sobre o impeachment a passou a atacar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chamado por ele de "criminoso" e o vice-presidente da República. Michel Temer (PMDB). "A diferença entre Temer e Cunha é que um foi pego e outro não. Temer está rasgando a história e vai entrar na história como o que tentou derrubar Dilma", disse Costa, sugerindo a renúncia do vice-presidente caso o processo de impeachment seja barrado.

Costa sugeriu também que Temer renuncie caso o governo vença a votação e indagado se, caso isso ocorra, como o governo lidaria com Eduardo Cunha em primeiro lugar na linha sucessória de Dilma, o parlamentar emendou: A gente vai tirar o Cunha. Aliás, o STF se quiser tira ele amanhã", concluiu.

Senador Álvaro Dias promete oposição a Temer

O senador Alvaro Dias em Brasília Considerado um dos grandes nomes da oposição no Congresso Nacional, o senador Álvaro Dias, que trocou o PSDB pelo PV no começo do ano, diz que não será aliado em eventual governo de Michel Temer. Ele afirmou que já nota uma "vontade incrível" por parte de integrantes do PMDB de "sentar na cadeira antes da hora" - embora ele próprio já considere o impeachment de Dilma Rousseff um fato consumado.

"Eu sou oposição e não pretendo mudar de lado. Se houver um governo da Dilma ou do Michel Temer, muda apenas o presidente, mas o governo é o mesmo", diz. Segundo ele o PMDB é sócio-majoritário da atual "massa falida". "Essa herança maldita foi oferecida ao povo brasileiro também pelo PMDB", disse, acrescentando que o partido ocupou o maior espaço no "latifúndio do aparelhamento brasileiro".

Questionado sobre a estratégia da oposição caso o impeachment seja aprovado na Câmara, ele diz que agirá com a maior eficiência possível, tentando motivar o Senado a decidir rapidamente. Segundo ele, isso deve acontecer depois do mês de maio. (Luís Lima, de Brasília)

domingo, 10 de abril de 2016

Incêndio em templo na Índia mata dezenas de pessoas

Incêndio provocou explosão que destruiu prédio do templo (Foto: ANI / via Reuters) Dezenas de pessoas morreram neste domingo (10) em um incêndio em um templo em Puttingal, no estado de Kerala, no sul da Índia, devido a uma explosão de material pirotécnico, informam as agências internacionais de notícias.
O número de mortos ainda é incerto, mas as agências estimas que o incêndio e a explosão mataram mais de 100 pessoas. Anteriormente, o número de 84 mortos foi informado pelo diretor-geral de polícia de Kerala, Senkumar, ao jornal “The Indian Express”. Cerca de 350 pessoas ficaram feridas, segundo dados do Ministério do Interior.
O primeiro-ministro da Índia, Narenda Modi, ordenou esvaziar o local com a ajuda de helicópteros. Modi pediu ao chefe do governo de Kerala, Oommen Chandy, "a transferência imediata via helicóptero" dos feridos em estado crítico.
O dirigente indiano expressou condolências às famílias dos mortos. "Arrasador e estremecedor", disse ele ao avaliar a situação.
Segundo o canal de televisão "India TV", a Força Aérea da Índia enviaou quatro helicópteros Me-17 e ALH a partir do estado vizinho de Tamil Nadu.De acordo com a imprensa local, o fogo começou às 3h30 (horário local, 19h de sábado, 9, em Brasília), devido a uma faísca que caiu sobre um prédio no qual se armazenavam os fogos de artifício, alguns deles muito potentes.
Testemunhas citadas pela agência “Ians” indicaram que as chamas provocaram uma enorme explosão, que estremeceu casas a 1 km de distância. Um prédio do templo desabou, segundo a BBCNo momento do incêndio entre 10.000 e 15.000 pessoas participavam da celebração e do espetáculo de fogos de artifício, diz a Efe. Soldados de equipes de resgate, bombeiros e policiais trabalham no local, de acordo com o governo indiano.
Os feridos foram levados para dez hospitais da região, e, segundo o canal “NDTV” o ministro do Interior de Kerala, Ramesh Chennithala, “todas as medidas” foram tomadas em Ernakulam e Thiruvananthapuram, capital do estado, para garantir o atendimento às vítimas.
Os feridos com queimaduras graves estão sendo tratados na Faculdade de Medicina do governo em Thiruvananthapuram, a capital do estado.
O incêndio é o pior nos últimos dez anos na Índia, após o que deixou 91 mortos em uma escola de Tamil Nadu em 2004, a maioria crianças.
Kerala tem em vigor uma lei que proíbe a utilização de material pirotécnico, mas as autoridades expedem permissões pontuais para seu uso em celebrações específicas. .

Prefeito Wilson Cota dá ordem de serviço para obras em Santana do Sobrado

DSCN4868   DSCN4853 o prefeito Wilson Cota (PMDB) deu ordem de serviços para construção de duas praças e pavimentação em Santana do Sobrado. A obra é fruto de uma emenda parlamentar do deputado federal, Lucio Vieira Lima (PMDB), via Caixa Econômica Federal no valor de R$ 657.000,00 ,           em um discurso confuso onde o prefeito tentou explica por que so conseguiu trazer a obra tão esperada pela comunidade. segundo Cota a crise finaceira que o pais atravessa fez com que ele tivesse muito dificuldade de faze uma boa gestão. o prefeito também falou do senário  politico da cidade de casa nova onde não perdeu a oportunidade de alfinetar a ex-prefeita Dagmar Nogueira dizendo que a mesma anda blefando dizendo que é pre-canidata sendo que a mesma segundo Cota esta impossibitada de ser canidata. um fato chamou atenção é sempre que o hoje prefeito wilson cota sempre foi muito aclamado pela população quando andava em santana do sobrado, e o que se viu ontem foi pouca gente no evento e menos ainda os que aplaudia o discurso do mesmo. mostrando esplixitamente a insatisfação com seu Governo.    

Brasil se torna o país com mais mortes por Covid-19 nas Américas em relação à população

  O Brasil ultrapassou Estados Unidos, México e Peru e se tornou o país com mais mortes por COVID-19 do continente americano em relação à su...