domingo, 25 de outubro de 2015

102° HOMICÍDIO É REGISTRADO EM JUAZEIRO, NO BAIRRO ITABERABA

 Juazeiro chega ao triste número de 102 homicídios (centésimo segundo) em 2015. Na madrugada deste domingo, dia 25, mais um homicídio foi registrado no bairro Itaberaba, e mais uma vez com características de execução.

Ao longo da madrugada o Centro Integrado de Comunicação (Cicom) recebeu várias ligações dando conta de que um homem foi vítima de disparos de arma de fogo na citada comunidade.

Em seguida foram acionadas uma ambulância do SAMU e a viatura do PETO. Chegando ao local que fica próximo a uma casa de show foi constatado o óbito da vítima - o DHPP foi acionado e prepostos do IML fizeram o translado do corpo para serem tomadas as medidas de praxe.

A vítima foi identificada como Ednaldo Marcelino dos Santos - era conhecido no meio social por "Cabeça" e de acordo com informações de populares o mesmo trabalhava como mototaxista.

ADOLESCENTE DE JUAZEIRO É ASSASSINADO A TIROS NO PROJETO DE IRRIGAÇÃO EM PETROLINA

  Um adolescente, de 17 anos, foi assassinado na tarde deste sábado (24) no Núcleo 3 do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho, na Zona Rural de Petrolina. O corpo foi encontrado em um matagal próximo ao canal e à casa de bomba.

A Polícia Militar recebeu a informação por volta das 16h30. O jovem Rodrigo Emanoel Gomes Lima é natural de Juazeiro no norte da Bahia, e segundo as informações, Rodrigo levou vários tiros de uma pessoa ainda não identificada, quando estava caminhando em uma estrada vicinal que dá acesso ao núcleo 4, do projeto Senador Nilo Coelho.

A vítima morava na rua 01 do núcleo 3, do projeto. Segundo testemunhas, o jovem tinha chegado recentemente ao N.3 e estava trabalhando na agricultura irrigada. A polícia foi acionada, esteve no local verificando o acontecimento e colhendo as informações para sair em busca do assassino.

O corpo foi encaminhando para o Instituto de Medicina Legal (IML), de Petrolina. Ainda não há informações sobre a autoria ou a motivação do crime.

MULHER É PRESA AO TENTAR SEQUESTRAR CRIANÇA DE TRÊS ANOS EM PETROLINA

 Uma mulher, de 44 anos, foi presa no bairro Vila Eulália, na Zona Leste de Petrolina, Sertão pernambucano. Ela é suspeita de tentar sequestrar uma criança de três anos de idade.

A garota estava com a babá em uma restaurante no bairro. Quem flagrou a ação da sequestradora foi a ajudante de cozinha, que chegou a correr atrás da mulher e impediu que ela raptasse a menina. A ajudante de cozinha disse ainda que a mulher já tinha tentado sequestrar outra criança.

A Polícia Militar foi chamada e levou a suspeita para a Delegacia de Polícia Civil, onde foi presa em flagrante. De acordo com o delegado de plantão, José Renivaldo da Silva,a mulher vai responder por tentativa de sequestro e foi encaminhada para a Cadeia Pública de Petrolina. Os pais da menina não quiseram gravar entrevista.

Bancários devem aceitar proposta de reajuste e encerrar greve nacional

Bancários devem aceitar proposta de reajuste e encerrar greve nacional O Comando Nacional dos Bancários recomendará que a categoria aprove a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o que pode levar ao fim da greve. Depois de quase 20 dias de paralisação, os bancos ofereceram reajuste de 10% para os salários, para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e para o piso e o de 14% para os vales refeição e alimentação. "Foi uma vitória dos trabalhadores porque os bancos queriam um reajuste abaixo da inflação", disse a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando, Juvandia Moreira, em nota. Segundo o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban apresentou hoje nova proposta, o "que significou a manutenção do modelo que vinha sendo colocado em prática nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados". Além dos reajustes que forem apresentados ontem, hoje a Federação aceitou abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total, assim, de 112 horas. O Comando informou que a proposta da Fenaban só vale até segunda-feira (26).

Bancada do PMDB no Senado quer retirar Temer do comando do partido

 Bancada do PMDB no Senado quer retirar Temer do comando do partido O adiamento do encontro que decidiria a permanência do PMDB no governo Dilma Rousseff, de novembro para março de 2016, levou integrantes do partido no Senado a defender nos bastidores a substituição do vice-presidente da República, Michel Temer, no comando da legenda. Ele preside o partido desde 2001, tendo sido reconduzido no início de 2013. Senadores do PMDB consideram que, após quase 15 anos de comando de Temer, ligado à bancada da Câmara, é preciso um rodízio na cúpula. Isso poderá, inclusive, levar a uma guinada na relação com o governo, já que o partido pretende ter candidato próprio na eleição presidencial de 2018. A avaliação entre alguns senadores é de que ou se chega a um "entendimento" ou haverá um "intenso embate" em relação à sucessão de Temer. Uma primeira movimentação dos senadores do PMDB para ocupar o comando do partido ocorreu em março deste ano, quando Temer foi alçado para a articulação política do governo. Na ocasião, o senador Romero Jucá (RR), terceiro vice-presidente da legenda, chegou a ter o nome colocado como potencial sucessor. As negociações, no entanto, não avançaram. Um dos motivos foi o fato de o parlamentar ser o terceiro na linha sucessória da legenda, atrás do primeiro vice, senador Valdir Raupp (RO), e da segunda vice, deputada Iris Araújo (GO). Apesar do recuo, Jucá ainda permanece entre os mais cotados pelos colegas do Senado para assumir a legenda. Ao apetite para retirar do vice o protagonismo na condução do partido, juntou-se nestes últimos dias o descontentamento de parte dos senadores com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele tem sido apontado como o responsável pelos vazamentos de trechos das investigações da Operação Lava Jato que respingaram no presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e no senador Jader Barbalho (PMDB-PA). A avaliação é de que, com a medida, Cunha tenta dividir o foco das acusações como forma de sobreviver no cargo. Em sua delação à Procuradoria-Geral da República, o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador de propinas do PMDB, citou, além de Cunha e os senadores, o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, ligado ao ex-presidente da República José Sarney. Parte da cúpula do PMDB tinha como prazo para definir o desembarque, ou não, do governo o mês de novembro, quando está previsto um encontro da legenda em Brasília. Na reforma ministerial orquestrada por Dilma no início deste mês, a bancada da Câmara conquistou os ministérios da Saúde, com Marcelo Castro (PI), e de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (RJ). Nesse novo arranjo, o calendário para uma possível debandada foi empurrado para março, quando haverá a convenção nacional do PMDB. Na ocasião, serão eleitos os integrantes da direção e Executiva Nacional responsáveis por conduzir a legenda nas próximas eleições municipais, em 2016, e presidencial, em 2018. Apesar de ter perdido do foco inicial, integrantes de diversos setores do PMDB não descartam que o encontro de novembro sirva de palanque para ataques contra o governo Dilma. "Vai ter gente que vai defender o rompimento, mas é natural", declarou o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, o ex-ministro Moreira Franco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PRESODENTE DA CAMARA DOS DEPUTADOS EDUARDO CUNHA TENTOU IMPEDIR ENVIO DE PROVAS DA SUÍÇA

 O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode ter tentado atrapalhar o andamento das investigações contra ele na Suíça e no Brasil. Cunha é acusado de manter contas secretas no país europeu, por onde passaram dezenas de milhões de dólares em pagamento de propina, e alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal.

Segundo informações de uma fonte ao jornal O Globo, Cunha e sua mulher, a jornalista Cláudia Cruz, entraram com recurso na Câmara de Apelação Criminal do Tribunal Federal da Suíça para que o dinheiro depositado no exterior e documentos sobre as contas secretas não fossem repassados pelo Ministério Público suíço à Procuradoria-Geral da República no Brasil, comandada por Rodrigo Janot.

Segundo a reportagem, até o momento o pedido de Cunha e da mulher não foi julgado e há poucas chances de o deputado ter sucesso. Autoridades suíças já enviaram documentos à Procuradoria no Brasil e é provável que envie também o dinheiro bloqueado no país – quase R$ 10 milhões, em duas de quatro contas que têm o casal como beneficiário. Por conta das provas, há um segundo inquérito contra Cunha no STF. (247)

Preocupação geral: a ANA, Agência Nacional de Águas, marca nova reunião para avaliar vazão reduzida do Rio São Francisco

BARRAGEM O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, participa de nova reunião promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA), para avaliar as condições de operação de reservatórios do São Francisco. A reunião está marcada para a próxima terça-feira (27), a partir das 9h, na sede da agência federal, em Brasília (DF).

A convocação acontece, mais uma vez, em virtude das condições hidrometeorológicas desfavoráveis na bacia do rio São Francisco. Desde abril de 2013, o sistema elétrico tem feito pedidos recorrentes para manter o controle da vazão do manancial, a fim de garantir a geração de energia elétrica. No período, a vazão do rio foi reduzida paulatinamente, de 1.300 metros cúbicos por segundo (m³/s) para o nível atual, de 900 m³/s, no reservatório de Sobradinho. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco é um órgão colegiado, integrado pelo poder público, sociedade civil e empresas usuárias de água, que tem por finalidade realizar a gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos da bacia, na perspectiva de proteger os seus mananciais e contribuir para o seu desenvolvimento sustentável. A diversidade de representações e interesses torna o CBHSF uma das mais importantes experiências de gestão colegiada envolvendo Estado e sociedade no Brasil.(Ascom/CBHSF)

domingo, 30 de agosto de 2015

DAGMAR VOLTA À CENA EM GRANDE ESTILO

                                                                                 A ex-prefeita, Dagmar Nogueira (DEM), com a presença (ou ausência justificada), de seis dos 13 vereadores, do Deputado Federal Elmar Nascimento (DEM) e do Estadual Sandro Regis (DEM), duas centenas de lideranças de todos os distritos de Casa Nova, do atual vice-prefeito Maninho do Sindicato, de todos os pré-candidatos desde os do PC do B ao do PP, voltou ao centro da cena política de Casa Nova.

A Convenção Municipal do DEM foi o pretexto. Realizada na ultima sexta-feira (28/08), durante todo o dia, transformada em grande festa, foi palco para a reunião das mais divergentes lideranças do município, que até então, apesar de pregar e ensaiar unidade, careciam de uma referência política e pessoal.

Lançada candidata a prefeita pelos deputados de seu partido “ (cuide da eleição, que do registro cuidaremos nós”, disse Elmar, referindo-se aos boatos que ela seria inelegível), elogiada por todos os vereadores e lideranças, ela ouviu de cada um dos ex-aliados do atual prefeito um extenso mea culpa pelo erro cometido em 2012. “Errei”, foi a palavra presente em todos os discursos de Maninho (PDT) a João Honorato (PP).

Bem-humorada, ela relembrou sua história política, a profunda divergência com os Vianas, a resistência, a luta pelas Diretas e as vitórias. Ressaltou “que quem quer apoio, pode apoiar” e, aplaudida, disse estar à disposição das forças de oposição “para resgatar Casa Nova do desastre que se instalou desde 2013”.

O Diretório reconduziu Dagmar Nogueira à Presidência, ficando assim formada a Executiva Municipal: Vice-Presidente: Antônio Marcos Correia; Secretário: Jorginaldo Borges da Cruz e Tesoureiro: Amauri Oliveira Lima.

Por Ascom

Lula confirma seu retorno à arena política: “Voltei a voar outra vez”

O ex-presidente Lula, neste sábado em São Bernardo do Campo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está de volta à arena política. E para anunciá-lo, nada mais simbólico que se reunir neste sábado em São Bernardo do Campo, seu berço político, com o ex-presidente do Uruguai José Mujica, um dos líderes mais populares da América Latina e do mundo hoje em dia, e falar para uma plateia formada por ministros, deputados, prefeitos, vereadores, lideranças sindicais e simpatizantes. “Fiquei calado durante muito tempo porque tinha que cumprir meu papel de ex-presidente. (…) Mas não me deixam em paz. Só matam um pássaro se ele fica parado. E eu voltei a voar outra vez”.

O anúncio ocorreu um dia depois de sinalizar em uma entrevista que poderia voltar a se candidatar em 2018. Durante o discurso deste sábado, que encerrou o seminário Participação Cidadã, Gestão Democrática e as Cidades no Século XXI, Lula não chegou a mencionar uma possível candidatura. No entanto, parece ao menos se posicionar como porta-voz de um Governo que tem dificuldades de comunicar e de um partido desgastado após 12 anos de poder. A presidenta Dilma Rousseff tem menos de 8% de popularidade, segundo as pesquisas, e seu Governo está atolado em uma crise econômica que derrubou 1,9% do PIB no segundo trimestre. Além disso, enfrenta um escândalo de corrupção na Petrobras, investigado pelaOperação Lava Jato, e a pressão das ruas e da oposição para sofrer um impeachment. mais informações
Lula sugere disputar em 2018 e testa educação como mote de campanha
Esquerda vai às ruas em manifestação contra impeachment, Cunha e Levy
Reeleita, petista prega a paz e diz estar aberta ao diálogo
“O Brasil está conhecendo a direita, e a esquerda está desesperada”
“A corrupção mata a esquerda, é inexplicável isso no Brasil”
A mais maldita das heranças do PT, por ELIANE BRUM
Após 12 anos de governo do PT, parte da esquerda brasileira se vê exilada
No entanto, as imagens recentes de um ex-presidente Lula abatido, pedindo para que o Partido dos Trabalhadores fizesse uma autocrítica, parecem ter ficado no passado. Esse papel ficou com "Pepe" Mujica, o carismático ex-presidente do Uruguai venerado em todo o mundo. Mujica fez uma enfática defesa da democracia —"é a melhor porcaria que encontramos"— e da necessidade de partidos políticos para que ela exista. "Eles são a vontade coletiva de grupos humanos de fazer as coisas melhores. Mas também ficam doentes. Temos que lutar por partidos republicanos, onde os dirigentes aprendam a viver como a maioria do país e não como a minoria", discursou. "Não se deve confundir um presidente com um monarca. O cargo não é nada mais que um voto de confiança dos cidadãos. Não há homens imprescindíveis, há causas imprescindíveis".

Sua fala foi toda uma introdução para o ex-presidente Lula. Se Mujica defendeu a necessidade de partidos políticos, Lula saiu em defesa do PT —do seu partido— como há muito tempo não fazia. "A cidadania é um tema que nosso partido tem que ensinar. (...) O PT passa por um momento de criminalização e esse é o momento de levantar a cabeça e voltar à rua como antes", pediu aos presentes, sob fortes aplausos e gritos que pediam sua volta.



O retorno de Lula aos holofotes acontece logo após pesquisas de opinião revelarem que se a eleição fosse hoje, o senador Aécio Neves (PSDB) venceria com 19 pontos de vantagem sobre Lula; o senador José Serra com 7 pontos a mais do que o petista; e o governador de São Paulo Geraldo Alckmin com 4 pontos, segundo uma apuração do IBOPE. Mas Lula não se dá por vencido e parece querer dar volta por cima e sair do "volume morto" —expressão usada por ele mesmo há alguns meses. A campanha para próximas eleições presidenciais, seja lá quando ocorram, parece já ter começado. “A direita reacionária deste país gosta de dizer que o Lula já era. Como eu tenho as costas largas, vou ver se eles deixam a querida Dilma em paz e voltam a se incomodar comigo”.

Mais uma vez, tocou na tecla da educação como ponto de partida. "Temos que colocar na ordem do dia a questão da educação nesse país. Quem pode fazer isso é o PT. Temos que voltar a revolucionar a política. O PT é a voz do povo desse país, temos que fazer essa revolução".

Durante seu discurso, Lula voltou a ser Lula. Ignorou o que estava escrito no papel, improvisou por cerca de uma hora, arrancou gargalhadas e gritos que pediam uma nova candidatura. Se vangloriou do seu Governo e defendeu enfaticamente o seu partido por "comandar os últimos 35 anos de luta popular no Brasil". Além disso, argumentou que o PT fez uma "revolução silenciosa no país" a partir das prefeituras ao fazer o orçamento participativo, o primeiro deles na Administração de Diadema, em 1982. "Pela primeira vez o povo humilde era chamado a discutir cada prioridade do seu bairro. Esse partido mudou a cultura administrativa das cidades desse pais. E isso incomoda muita gente", explicou.

Sobre seu Governo, disse que o seu principal legado foi a relação que estabeleceu com a sociedade e com os movimentos sociais. "Se juntar todos os presidentes do país, antes de mim, eles não fizeram 10% das reuniões que fizemos. Essas reuniões definiram as políticas publicas deste país. Não eram políticas do governo, eram da sociedade. Aquele palácio continuou recebendo empresários e príncipes, mas também passou a receber a sociedade".

Lula ainda citou algumas das conquistas sociais das últimas décadas, como o aumento contínuo do salário mínimo e o fato de que, hoje, mais pessoas podem viajar de avião. E disse que vai passar para a história com o presidente que mais fez universidades. "Pode ser que alguns tenham razão em suas críticas, mas por que todo esse ódio? Será que por que as empregadas domésticas conquistaram mais direitos? Essas pessoas vão às ruas para desfazer as melhorias que fizemos". Lula promete falar e viajar mais pelo país. Está em campanha outra vez.

ENQUANTO LULA VOLTA A VOAR, A GLOBO VOLTA A BATER

Pode até ter sido coincidência, mas, no mesmo dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, ao lado do líder uruguaio José Pepe Mujica, que voltou a voar, o grupo Globo, da família Marinho, desferiu um duríssimo ataque a ele.

Na noite de ontem, numa reportagem de seis minutos, totalmente fora dos padrões habituais do Jornal Nacional (confira aqui), a Globo criminalizou a atuação de Lula para que o Brasil financiasse o porto de Mariel, em Cuba, que foi construído pela Odebrecht.

O ataque da Globo se deu a partir de uma reportagem da revista Época, que já está sendo processada pelo ex-presidente. Em nota, o Instituto Lula contestou a denúncia.

“Os jornalistas da Época deveriam saber que todos os grandes países disputam mercados internacionais para suas exportações. E que não fosse o firme empenho do governo brasileiro, para o qual o ex-presidente Lula contribuiu, talvez o estratégico porto de Mariel fosse construído por uma empresa chinesa, ou os cubanos estivesses assistindo novelas mexicanas”, diz a nota.

“Neste momento histórico, em que EUA e Cuba reatam relações e o embargo econômico americano está prestes a acabar, a revista Época volta no tempo a evocar velhos fantasmas da Guerra Fria e títulos de livros de espionagem”.

Nos últimos dias, Lula tem demonstrado que não pretende se intimidar. Em entrevista a uma rádio mineira, disse que será candidato à presidência da República, em 2018, caso seja necessário. E mandou um recado aos adversários. “Você só consegue matar um pássaro se ele ficar parado no galho. Se ele voar, fica difícil”. “Eu voltei a voar outra vez”

Leia, abaixo, nota do Instituto Lula sobre reportagem de Época:

Documentos secretos revelam ignorância e má-fé da revista Época

Mais uma vez a revista Época divulga reportagem ofensiva ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com afirmações falsas e manipulação criminosa de documentos oficiais.

Avançando em ilações maliciosas e irresponsáveis, pelas quais seus jornalistas já foram citados em ação judicial por danos morais movida pelo ex-presidente Lula, a revista insiste em atribuir ao ex-presidente condutas supostamente ilícitas que ele jamais adotou ou adotaria.

A matéria deste final de semana (29/08) é uma combinação de má-fé jornalística com ignorância técnica (ou ambas) e o único crime que fica patente, após a leitura do texto, é o vazamento ilegal de documentos do Ministério das Relações Exteriores que, de acordo com a versão da revista, tiveram o sigilo funcional transferido ao Ministério Público.

Ao contrário do que sustenta a matéria, a leitura isenta e correta dos telegramas diplomáticos reproduzidos (apenas parcialmente, como tem sido hábito de Época) atesta a conduta rigorosamente correta do ex-presidente Lula em seus contatos com as autoridades cubanas e com dirigentes empresariais brasileiros.

A presença de um representante diplomático do Brasil numa reunião do ex-presidente com dirigentes de empresa brasileira demonstra que nada de ilícito foi ou poderia ter sido tratado naquele encontro. O mesmo se aplica ao relato, para o citado diplomata, da conversa de Lula com Raul Castro sobre o financiamento de exportações brasileiras para Cuba. Só a imaginação doentia que preenche os vácuos de apuração dos jornalistas de Época pode conceber um suposto exercício de lobby clandestino com registro em telegramas do Itamaraty.

Os procedimentos comerciais e financeiros citados nos telegramas diplomáticos são absolutamente corriqueiros na exportação de serviços, como os jornalistas de Época deveriam saber, se não por dever de ofício, pelo simples fato de que trabalham nas Organizações Globo. A TV Globo exporta novelas para Cuba desde 1982, exporta para a China e exportou para os países de economia fechada do antigo bloco soviético.

Deveriam saber que, em consequência do odioso bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos, empresas que fazem transações com Cuba estão sujeitas a penalidades e restrições pela legislação dos EUA. Por isso, evitam instituições financeiras sujeitas ao Office of Foreign Assets Control, que é uma agência do governo dos EUA e não um “organismo internacional de fiscalização”, como erra a revista.

Ao contrário do que o texto insinua, maliciosamente, não há, nos trechos reproduzidos, qualquer menção a interferência do ex-presidente em decisões do BNDES, pelo simples fato de que tal interferência jamais existiu nem seria possível, devido aos procedimentos internos de decisão e aos mecanismos prudenciais adotados pela instituição.

Os jornalistas da revista Época deveriam conhecer o rigor de tais procedimentos e mecanismos, pois as Organizações Globo tiveram um relacionamento societário com o BNDESPar, subsidiária do BNDES. Em 2002, no governo anterior ao do ex-presidente Lula, ou seja, no governo do PSDB, este relacionamento se estreitou por meio de um aporte de capital e outras operações do BNDESPar na empresa Net Serviços, totalizando R$ 361 milhões (valores de 2001).

Deveriam saber que em maio de 2011, por ocasião da mencionada visita do ex-presidente a Havana, o financiamento do BNDES às obras do Porto de Mariel estava aprovado, havia dois anos, e os desembolsos seguiam o cronograma definido nos contratos, como é a regra da instituição, que nenhum suposto lobista poderia alterar.

Em nota emitida neste sábado (29) para desmentir a revista, o BNDES esclarece, mais uma vez, que “os financiamentos a exportações de bens e serviços brasileiros para as obras do Porto de Mariel foram feitos com taxas de juros e garantias adequadas”, e que os demais contratos mencionados não se realizaram. Acrescenta que “o relacionamento do BNDES com Cuba foi iniciado ainda no final da década de 1990, sem qualquer episódio de inadimplemento ou atraso nos pagamentos.”

Os jornalistas da Época deveriam saber também que não há nenhum ilícito relacionado às palestras do ex-presidente Lula contratadas por dezenas de empresas brasileiras e estrangeiras, entre elas a Infoglobo, que edita o jornal O Globo. Deveriam, portanto, se abster de insinuar suspeição sobre esta atividade legal e legítima do ex-presidente.

Tanto em Cuba quanto em todos os países que visitou desde que deixou a presidência da República, Lula trabalhou sim, com muito orgulho, no sentido de ampliar mercados para o Brasil e para as empresas brasileiras, sem receber por isso qualquer espécie de remuneração ou favor. Lula considera que é obrigação de qualquer liderança política contribuir para o desenvolvimento de seu País.

Os jornalistas da Época deveriam saber que todos os grandes países disputam mercados internacionais para suas exportações. E que não fosse o firme empenho do governo brasileiro, para o qual o ex-presidente Lula contribuiu, talvez o estratégico porto de Mariel fosse construído por uma empresa chinesa, ou os cubanos estivesses assistindo novelas mexicanas. Neste momento histórico, em que EUA e Cuba reatam relações e o embargo econômico americano está prestes a acabar, a revista Época volta no tempo a evocar velhos fantasmas da Guerra Fria e títulos de livros de espionagem.

Ao falsear a verdade sobre a atuação do ex-presidente Lula no exterior, os jornalistas da revista Época tentam criminalizar um serviço prestado por ele ao Brasil. O facciosismo desse tipo noticiário é patente e desmerece o jornalismo e a inteligência dos brasileiros.

Leia também:

Nota de resposta publicada pelo BNDES em seu Facebook

Leia, ainda, nota do Instituto Lula que não foi lida pelo Jornal Nacional:

Jornalistas da revista ​Época e do Jornal O Globo já foram acionados judicialmente por danos morais praticados contra o ex-presidente Lula, em reportagens que divulgam mentiras e manipulam documentos oficiais. O ex-presidente Lula, a exemplo de outros dirigentes mundiais de expressão, atua com muito orgulho para abrir mercados internacionais para o nosso país e nossas empresas, sem receber por isso nenhuma remuneração. Não há ilícito nessa atividade em favor do Brasil e da geração de empregos em nosso país por meio da exportaçào de serviços e de produtos, como faz por exemplo, a Rede Globo, que desde 1982 exporta novelas para Cuba. O ex-presidente Lula jamais interferiu em decisões do BNDES, nem isso seria possível, dado ao rigor dos procedimentos da instituição, e como devem saber os profissionais das Organizações Globo, que têm um antigo e importante relacionamento societário com a subsdiária BNDESPar. Também não há ilícito na contratação de palestras do ex-presidente, como fizeram desde 2011 dezenas de empresas, inclusive a Infoglobo O único crime que ressalta na matéria da revista Época é o vazamento ilegal do sigilo de documentos transferidos ao Ministério Público. (247)

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