O provável candidato do PSB à
Presidência da República, Eduardo Campos, afirmou ontem, durante almoço
com o bloco de senadores do PTB-PR-PPL-PSC, que a presidente Dilma
Rousseff e o PT não podem cobrar nenhum tipo de fidelidade do PSB. “O
PSB não deve nada a Dilma. Na verdade, ela é nossa devedora. Abrimos mão
de uma candidatura competitiva em 2010 (Ciro Gomes) para ajudá-la a se
eleger presidente da República”, afirmou Eduardo.
Apesar de todos os presentes no almoço – incluindo dilmistas convictos,
como o senador Gim Argello (PTB-DF), e o presidente nacional do PR,
senador Alfredo Nascimento (AM) – terem saído do encontro com a certeza
de que o socialista será candidato no ano que vem, em nenhum momento
Eduardo Campos confirmou a intenção de disputar o Planalto em 2014. O
governador de Pernambuco e presidente do PSB disse que apenas está
estimulando o “debate” político. “O que estou fazendo é bom para o país,
é bom para todo mundo. Estou levantando um debate em torno de problemas
nacionais que precisava ser feito”, disse, segundo relato de alguns dos
presentes no evento.
Eduardo lembrou que o país tem enfrentado dificuldades para obter
crédito no exterior, e que o cenário ficou ainda pior depois que Dilma
alterou as regras nos contratos de energia. O governador socialista
citou que uma empreiteira tentou levantar R$ 1 bilhão no exterior, mas
os investidores negaram, alegando que haviam financiado projetos da
Petrobras e das empresas de Eike Batista e que viram o “dinheiro virar
pó”. (Correio Brasiliense).
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