terça-feira, 30 de abril de 2013

O destino político de FBC

FBC   Não são de agora os rumores sobre qual será o destino político do ministro da Integração Nacional. Fernando Bezerra Coelho

Bem na fita junto à presidente Dilma Rousseff, FBC vive um grande dilema desde o momento em que o governador Eduardo Campos, principal líder do seu partido, o PSB, começou a aparecer com mais foça como provável candidato a presidente em 2014.

Da cota de Eduardo no governo federal, ele já não se sente à vontade no partido, diante das frequentes críticas do socialista à administração de Dilma. Está entre a cruz e a espada, mas começa a demonstrar disposição em deixar o PSB de Eduardo.

Uma das legendas especuladas que poderiam abrigá-lo seria o próprio PT de Dilma. Nem ele, nem as lideranças petistas confirmaram.

Agora, nos bastidores políticos, surge o PMDB como uma eventual opção do ministro (partido do qual, inclusive, já pertenceu). O detalhe é que por lá já está o prefeito Júlio Lóssio, adversário de FBC nas das últimas eleições municipais.

Será que Eduardo engoliria o fato de o ministro sair do PSB e ir justamente para uma legenda de um adversário que o derrotou em Petrolina por duas vezes consecutivas (2008 e 2012)? Certamente que não.

Mas também é praticamente certo que, permanecendo no PSB, dificilmente o ministro teria o respaldo de Eduardo para disputar o Palácio das Princesas, no ano que vem. E ele já está ressabiado, porque em 2010, quando se mostrou disposto a disputar o Senado, foi preterido pelo governador, o qual decidiu apoiar Armando Monteiro Neto (PTB) e Humberto Costa (PT). Sem falar na Prefeitura do Recife, onde FBC mudou até o domicílio eleitoral e mais uma vez foi preterido por Geraldo Júlio.

Fernando sofre ainda com gestos ríspidos e declarações ácidas de aliados da cozinha do governador.

Agora, no entanto, as coisas são diferentes. Eduardo poderá até ficar ressentido, caso o ministro saia mesmo do PSB. Mas não terá muito o que criticá-lo, até porque FBC foi um dos primeiros a defender a candidatura do socialista para o governo do estado em 2006, quando Eduardo não passava de 3% nas pesquisas de opinião.

Além disso, trata-se de uma questão de sobrevivência política. FBC já está há seis anos ‘solto’, precisa de um mandato e nunca escondeu de ninguém o sonho de disputar o governo do estado. A chance pode ser no ano que vem, e com o apoio dos maiores caciques do PT – que agora vê Eduardo como uma ameaça.


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