A acusação de homicídio que consta em um inquérito é assustadora. A mãe da vítima contou à polícia que a filha escapou de uma tentativa de estupro, atacada pelo pastor. Depois de se livrar dele, a menina teria começado a descobrir episódios de violência sexual e detalhes de orgias promovidas por Marcos Pereira. A jovem terminou assassinada, e um dos condenados pelo crime é um sobrinho de Pereira. A mãe da jovem afirmou à polícia não ter dúvidas do envolvimento do pastor com o crime.
Pastor Marcos Pereira é preso por estupro no Rio
De acordo com o delegado Márcio Mendonça, o pastor Marcos Pereira usava sua condição de líder religioso para convencer as vítimas a praticar sexo com ele. “Ele usava seu poder de convencimento. Dizia para as pessoas que elas estavam possuídas pelo demônio e que por isso precisavam ter relações sexuais com uma pessoa santa. As vítimas, sempre pessoas carentes, acreditavam que estavam se libertando”, afirmou.
Chefes do tráfico – A Polícia Civil investiga denúncias de que Marcos Pereira acobertava traficantes, escondia armas em templos e que criava encenações para impressionar os fieis da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. Entre as vítimas de estupro estão duas seguidoras da seita que são parentes de chefes do Comando Vermelho: a filha de um chefão do tráfico na Zona Norte, menor de idade, e a irmã de outro criminoso.
A partir das denúncias contra Marcos Pereira, foram ouvidas trinta testemunhas. Os relatos obtidos pela polícia indicam que, além dos seis casos de abuso sexual, Marcos Pereira pode ter feito pelo menos outras vinte vítimas de estupro. O medo, segundo o delegado, dificulta que as vítimas procurem a polícia. A polícia pede que as vítimas prestem depoimento para colaborar com as investigações.
Nos inquéritos, fica evidente o poder de manipulação de Marcos Pereira sobre as vítimas. Uma delas, em entrevista ao site de VEJA, afirmou que passou a considerar melhor ser abusada. “Com o tempo, passei a achar melhor ceder aos estupros, porque assim evitava que ele se contaminasse com mulheres da rua”, disse. FONTE: VEJA.COM
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