Caju,
castanhas e sucos tropicais. Estes serão alguns dos novos produtos que
passarão a integrar o leque do projeto Pontal, em Petrolina, no
perímetro irrigado da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que acaba de selecionar, via
processo público, a empresa agrícola que irá gerir cerca de 10,7 mil
hectares num empreendimento que prevê criar 2,5 mil empregos diretos e
vai integrar agricultores familiares em 25% da área irrigável.
“O projeto apresentado pela empresa
vencedora promoverá o desenvolvimento da fruticultura brasileira por
meio da produção integrada com agricultores familiares. Eles
participarão não apenas do cultivo dos pomares, mas também da cadeia de
processamento, beneficiando-se assim do valor agregado ao produto final.
E, para isto, esses agricultores integrados serão capacitados pela
empresa âncora vencedora”, afirma o presidente da Codevasf, Elmo Vaz.
Inicialmente, o projeto Pontal produzirá
o caju, fruto habituado ao clima semiárido, com o plantio de 208 a 550
árvores por hectare. Além do caju, a região poderá produzir coco e
cacau, entre outras culturas. Na atividade agrícola, a empresa vencedora
calcula gerar dois mil novos postos de trabalho no Pontal.
A instalação de duas fábricas para
beneficiar os produtos cultivados no perímetro irrigado será responsável
pela criação de outros 550 postos de trabalho. Anualmente, uma delas
produzirá mais de 15 mil toneladas de castanha de caju, enquanto a outra
processará cerca de 180 mil toneladas de frutas tropicais para produzir
sucos e concentrados.
Produção integrada
A integração com os agricultores
familiares busca melhoria de processos, qualidade dos produtos e
assiduidade de oferta com preços competitivos. Nesse modelo, o
agricultor integrado não paga pelo uso da terra e a empresa responsável
pela gestão do perímetro irrigado não pode cobrar um valor superior ao
que ela paga a título de Tarifa Variável, que são os custos diretos
pagos mensalmente à Codevasf pelo consumo da água e da energia usada
para bombeá-la.
“Uma das vantagens é que o projeto
será implantado de forma estruturada, com a integração entre a empresa
âncora e os produtores rurais. Além de um plano de exploração agrícola
com padrões de qualidade definidos e maior escala de produção, o
contrato garante a assistência técnica aos agricultores integrados”, afirma o diretor de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura da Codevasf, Guilherme Almeida.
Assistência técnica e abastecimento
A empresa vencedora – Polo de
Consultoria e Marketing Ltda que, entre as concorrentes, foi a que
apresentou a maior oferta anual para a Tarifa de Serviços de Irrigação
por hectare –, será responsável, durante 45 anos, pela gestão dos 10.680
hectares do projeto Pontal, localizado na zona rural do município
pernambucano. Da área total, 7.811 hectares são irrigáveis, sendo 25%
(1.975 hectares) destinados obrigatoriamente a agricultores familiares.
Os agricultores integrados, entre outras
obrigações, deverão promover o aproveitamento econômico de seu lote por
meio da agricultura irrigada, produzindo conforme os padrões
determinados pela empresa gestora do perímetro e adequados às condições
da região. A produção agrícola será vendida à gestora do perímetro,
observando os percentuais definidos em contrato.
Já entre as obrigações da empresa
gestora estão a assistência técnica aos agricultores irrigados, seguindo
a estrutura da Codevasf, para assegurar a qualidade da produção e a
renda da cajucultura. Ela também fornecerá o abastecimento de água para o
consumo humano nos lotes e manterá o controle para que essa água não
seja usada na irrigação. (Fonte: Ascom Codevasf)
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