“Não sei qual será a capacidade do
Eduardo de arrancar votos. O ponto de partida dele é Pernambuco. O do
Aécio é Minas. A Marina tem uma presença forte e tem uma causa que, eu
acho, vai continuar entusiasmando. Desses três, no momento, eu aposto no
Aécio. Acho que 20 anos de governo do PT bastam, não? Chegou a hora de
mudar. O estilo PT cumpriu o seu papel. Cansou, dá espaço pra outro”,
disse o ex-presidente ao jornal Estado de S. Paulo.
No encontro, que teve a participação da
blogueira cubana Yoani Sánchez, o cacique tucano centrou fogo contra
Lula. Segundo ele, o petista antecipou o processo a eleição de 2014 ao
declarar, no mês passado, que Dilma será candidata à reeleição. “Nós não
tínhamos intenção de precipitar uma candidatura. Estávamos prestigiando
o nome do Aécio para um debate interno. Mas eu nunca vi quem está no
governo precipitar uma eleição, já que atrapalha a governabilidade. Tudo
que a presidente Dilma fizer daqui por diante será atribuído a
intenções eleitorais. Não sei o que levou o Lula a essa precipitação.
Talvez seja porque ele gosta de campanha!”, criticou.
O presidente também acredita que a
eleição será levada ao segundo turno. Ele citou que, nos dois últimos
pleitos, apesar da alta popularidade, Dilma e Lula ganharam no segundo
round. FHC disse ainda que não está envolvido em política, apesar das
últimas declarações. “O Lula tinha que entender que nós dois somos
personagens, que não estamos mais no principal…. Uma vez, o Chico Caruso
me disse que as pessoas que estão no final ficam aflitas porque não vão
mais ser caricaturadas. O Lula quer ser caricaturado. Então ele me dá
um beliscão, pra eu dar outro nele”, alfinetou.
Legado do PSDB
Apesar de ter uma campanha contra dentro
do partido, com aliados do ex-governador José Serra minando
internamente o projeto, a candidatura de Aécio Neves à Presidência da
República na eleição de 2014 já tem um mote: a valorização do legado
tucano.
“Nós garantimos a economia, modernizamos
a economia. As privatizações vieram de uma maneira correta, controladas
pelas agências reguladoras, não foram monopolizadoras. Restabelecemos a
competitividade das agências do governo, do Banco do Brasil, a
Petrobras. Melhoramos muito a educação, organizamos o SUS, começamos o
processo de transferência de rendas. As pessoas esquecem que o programa
do governo Lula não era transferência de renda, era o Fome Zero. Que foi
engavetado! E aderiram ao que nos tínhamos começado. Enfim, por que não
defender o que nós fizemos?”, perguntou FHC. (Diario de Pernambuco)
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